O controle do índice de colesterol no sangue é uma preocupação comum para quem quer aumentar a expectativa de vida. O mais corriqueiro é ter atenção com o colesterol alto, sobretudo a fração LDL, que é conhecida por sua relação com o entupimento de veias e artérias. Entretanto, a revista Neurology publicou recentemente um estudo demonstrando que pessoas que apresentam esse índice muito baixo, inferior a 70 mg/dL, contam com um risco maior de desenvolver hemorragias cerebrais, como Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O estudo foi conduzido por nove anos, acompanhando um total de 96 mil pessoas sem qualquer histórico de câncer, infarto ou AVC no início da pesquisa. Ao longo do período de observação, 753 desses pacientes apresentaram AVCs hemorrágicos.
Cientistas acompanharam, ao todo, 96.043 voluntários, que mediram o colesterol LDL-C a cada dois anos – quatro medições, nos anos de 2006, 2008, 2010 e 2012. A partir desses dados, foi calculada a concentração média de colesterol nesses pacientes. Essas informações foram cruzadas com os registros médicos dos participantes, separando aqueles que apresentaram hemorragia intracerebral. Com esse cruzamento de informações, foi constatado que os participantes que tiveram concentrações de LDL-C inferiores a 70 mg/dL apresentaram um risco consideravelmente maior de ter AVC hemorrágico em comparação àqueles que estiveram na margem de 70 a 99 mg/dL.
Para Xiang Go, que ocupa a direção do Laboratório de Epidemologia Nutricional e professor associado de ciências nutricionais da Penn State University, um dos responsáveis por assinar o estudo, a pesquisa ajuda a estabelecer novas diretrizes a respeito das recomendações sobre níveis saudáveis do colesterol. Segundo o professor, os dados reforçam a importância de se repelir extremos, evitando níveis altos e também muito baixos de concentração do colesterol LDL. Pacientes com histórico familiar e fatores de risco, como pressão alta e alcoolismo, devem ter atenção redobrada ao controle dos níveis de seu colesterol.
Suco de berinjela
O suco de berinjela é considerado um dos melhores remédios para abaixar o colesterol LDL. O legume é constituído de altos teores de substâncias antioxidantes. Essa concentração se dá sobretudo na casca, portanto, é importante não retirá-la ao preparar o suco.
Outra forma de consumir a berinjela é na comida, cozida ou assada. Há também quem prefira ingerir o alimento em cápsulas.
Alho
O alho tem propriedades que reduzem os níveis do colesterol LDL e, além disso, também elevam o colesterol HDL, que é considerado positivo. Para isso, comer um dente de alho diariamente é o suficiente para controlar os níveis do colesterol.
Gorduras saudáveis
As gorduras são consideradas vilãs na alimentação, principalmente se forem as saturadas, que encontramos em alimentos como bacon, salame e manteiga. As gorduras hidrogenadas, que estão nas margarinas, banha e em outros alimentos processados, também elevam o colesterol LDL. Dessa forma, é recomendado ingerir gorduras saudáveis, utilizando azeite extra-virgem para cozinhar e temperar alimentos, além de alimentos ricos em ômega-3, como nozes, linhaça e peixes.
Chá-preto
O chá-preto possui teína, semelhante à cafeína, mas que ajuda a combater placas de gordura presentes no organismo. O recomendado, exceto para gestantes e pessoas com restrição médica, é a ingestão diária de três xícaras por dia.
Fibra
Uma alimentação rica em alimentos com fibra solúvel, como farinha, farelos de aveia e leguminosas, favorece a absorção de colesterol no intestino, elimando-a do corpo. É recomendado também comer no mínimo cinco doses de legumes e frutas diariamente. Assim, maçãs, bananas, feijão-verde e espinafre, alimentos ricos em fibra, devem constar na sua dieta regular.
Pratique atividade física
Exercícios aeróbicos (corrida, natação, caminhada, hidroginástica, ciclismo, etc) ajudam a diminuir o colesterol LDL no sangue. Para isso, deve-se praticar ao menos 30 minutos de atividades físicas 3 vezes por semana. Para melhores resultados, recomenda-se a prática diária.
Também é indicado praticar a atividade física ao ar livre, durante o dia, para receber luz solar, o que facilita ao corpo a eliminação do colesterol considerado ruim.
Por Luís Fernando Santos
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