Muitas pessoas já ouviram o termo "esclerosado" para se referir ao estado de declínio mental de pessoas com idade avançada. Contudo, uma doença neurológica que afeta não somente idosos, mas também jovens e adultos leva um nome muito semelhante.
Essa doença é a esclerose múltipla, uma enfermidade que compromete o sistema imunológico, fazendo com que ele destrua a camada protetora dos nervos. Em alguns estudos, especialistas se referem à esclerose múltipla pela sigla EM.
Até o momento, ela é considerada uma doença crônica e autoimune, por isso, não se sabe ao certo se o seu desenvolvimento no organismo dos seres humanos ocorre por conta de fatores genéticos ou ambientais.
De modo geral, o organismo dos pacientes diagnosticados com esclerose múltipla confunde a origem do revestimento dos neurônios, conhecido cientificamente por bainha de mielina, e acredita que este revestimento seja um corpo estranho.
Com isso, o organismo começa a destruir a camada protetora dos nervos ao ponto de prejudicar a transmissão dos impulsos nervosos. Ao chegar nesse estágio da doença, as lesões prejudicam a comunicação entre o cérebro e o corpo.
A partir desse momento, os pacientes começam a apresentar os principais sintomas. É importante ressaltar que cada enfermo pode apresentar diferentes sintomas, então, caso haja a identificação de um ou mais sintomas apresentados a seguir, é imprescindível a consulta a um profissional da saúde especializado.
As pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla sofrem com os surtos imprevisíveis que afetam a visão, causando perda total ou parcial do sentido, provocam dor, causam fadiga e comprometem principalmente a coordenação motora.
Alguns indivíduos podem sentir dores nos olhos, além de apresentar visão turva durante algum período de tempo. Esse sintoma pode fazer com que a pessoa sofra quedas, tenha problemas de locomoção e reconhecimento de face, entre outros problemas.
As dores também podem estar presentes nos músculos, principalmente ao caminhar, virar o tronco e as costas ou acenar com a cabeça. Essa fraqueza muscular reflete ainda nos movimentos, por isso, é comum que as pessoas suspeitas ou diagnosticadas com esclerose múltipla tenham dificuldade para se locomover ou fazer movimentos bruscos.
Por isso, é possível notar alguns espasmos musculares, tontura e vertigem, falta de equilíbrio e fadiga frequente nos indivíduos que apresentam um ou mais sintomas de EM. Outro sintoma bastante comum da esclerose múltipla é a dificuldade da fala por conta da dormência da língua. Nesse caso, observe se o paciente apresenta fala arrastada ou pronúncia diferente do habitual.
Se em determinado momento você ou alguém que você conhecem apresentar algum dos sintomas citados acima, é preciso buscar ajuda profissional para realizar os exames laboratoriais e de imagem a fim de promover um diagnóstico preciso da doença.
Caso haja a confirmação do diagnóstico da doença, o paciente com esclerose múltipla começa um tratamento permanente para impedir o avanço da fase aguda da doença e também diminuir a frequência entre um surto neurológico e outro.
O tratamento consiste em uma combinação de medicamentos e terapias, que vai desde quimioterapia, anti inflamatórios, imunossupressores e corticóides até fisioterapia, exercícios físicos e grupos de apoio.
Na equipe médica, é importante a colaboração de especialistas em diversas áreas como clínico geral, neurologista, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicólogo clínico, entre outros que julgarem necessário.
Uma personalidade brasileira que foi diagnosticada há algum tempo com esclerose múltipla é a atriz Cláudia Rodrigues, famosa por interpretar a personagem Marinete no seriado A Diarista.
Outra consagrada atriz que teve a confirmação da esclerose múltipla é Ana Beatriz Nogueira. Ela conta que precisou passar por uma sequência de quase 300 exames para só então ser constatada a doença.
Recentemente, a ex-paquita Luise Wischermann, na época mais conhecida como Pituxa Alemã, também recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla. Para relatar sua experiência diante da enfermidade, Luise escreveu um livro intitulado "Por que não eu?".
Juliete Landi Lucas
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