Não é de hoje que a utilização do tem gerado polêmica. Seja pelos seus poderes de aromaterapia, para afastar as energias ruins ou para deixar um cheiro agradável na casa, os incensos já foram alvo de diversos estudos, mesmo que o seu uso esteja ligado a significados bons e positivos.
A pesquisa mais recente de que se tem noticias é a de uma associação belga de consumidores, a Test-Achats. Conforme os resultados obtidos, muitos dos produtos deveriam ser totalmente retirados dos pontos de comercialização, uma vez que, quando estão acesos, liberam diversas substâncias tóxicas que são extremamente prejudiciais à saúde e ao ar.
Entre os compostos encontrados estão o benzeno e formaldeído, produtos químicos largamente associados por especialistas no desenvolvimento do câncer.
Todas as conclusões foram tidas através do estudo realizado pela própria associação.
Um dos pontos de maior destaque apontados pela organização e que serve como um alerta importante para os usuários assíduos do produto é que, para a associação, não existiria qualquer diferença entre fumar um cigarro ou acender um incenso dentro de casa. Assim, o ideal seria a proibição de sua venda para aqueles que são menores de 18 anos.
Um dos resultados obtidos e alegados pelo grupo é de que os produtos prejudicam e fazem mal à respiração, podendo acarretar também em diversos outros sintomas nocivos como irritação dos pulmões e nos olhos, náuseas, vertigens e dores de cabeça.
Essa não é a primeira vez que a instituição alerta sobre os perigos do incenso. Anteriormente, nos anos de 2004 e 2013, essa já havia divulgado resultados de estudos sobre o assunto. Com a adaptação das metodologias sobre a avaliação dos produtos de combustão, bem como sobre a interpretação dos resultados dos mesmos na Europa, a pesquisa precisou ser atualizada.
Todavia, o grupo alega na recente publicação que, mesmo após seis anos, ainda não há a regulamentação sobre o uso dos incensos, sendo a poluição interna um dos grandes problemas referentes à saúde pública.
Outro estudo que reforça a tese dos males do incenso em relação ao cigarro é da Universidade de Tecnologia do Sul da China. Em 2015, um grupo liderado por Rong Zhou, responsável pela investigação, comparou os riscos de sua utilização em ambientes fechados em relação com os efeitos da nicotina no organismo humano.O teste teve como objetivo testar o efeito de cada uma delas em amostras iguais de bactéria Salmonela e em células localizadas no ovário de hamsters.
A conclusão publicada indicou que as propriedades químicas encontradas no incenso causam maiores danos para as células por serem mais citotóxicas. Assim, essas podem ocasionar mutações genéticas que originam os tumores.
Apesar das amostras estudadas ainda serem muito pequenas para que se possa confirmar que a fumaça do incenso realmente é mais prejudicial que a do cigarro, é importante tomar uma série de cuidados quanto ao seu uso. A exposição excessiva de qualquer fumaça acaba por inflamar as vias aéreas de forma que o organismo produza muco em excesso e dificulte assim que o corpo o expulse.
Porém, isso não quer dizer que o uso do incenso está proibido. O importante é encontrar o equilíbrio, utilizando-o de forma esporádica.
Para um time de especialistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, bem como da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, existem benefícios quanto ao uso moderado do incenso. Para eles, a queima de resina do olíbano, uma árvore de origem africana do gênero Boswellia e que é usada em tipos de incensos, é benéfica para a diminuição da depressão e da ansiedade.
Por isso, se você não abre mão dessa prática, uma dica é optar pela queima de substâncias in natura e que deixem um aroma delicioso no ar. Enquadram-se nessa categoria as sementes naturais, madeiras, resinas e ervas secas. Além de serem muito menos tóxicas, elas são excelentes para eliminar os odores e energizar.
Kellen Kunz
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