Você sabe se é intolerante à lactose? Os sinais muitas vezes passam despercebidos pela maior parte das pessoas que sofrem desse mal. Por isso, a seguir serão apresentados alguns sinais para que se desconfie do problema.
Para quem não sabe, a intolerância à lactose é responsável por causar alguns sintomas gastrointestinais, como flatulência e diarreia. Desse modo, os sintomas geralmente surgem a partir do momento que se consome leite ou seus derivados ou surgem horas depois.
Há um pensamento bastante popular de que as crianças são a maior parte dos números dessa doença. No entanto, em muitos casos, a intolerância surge na adolescência e até mesmo na vida adulta.
É também muito comum as pessoas confundirem a intolerância à lactose com alergia à proteína do leite de vaca, já que ambas possuem sintomas bastante parecidos. Contudo, as formas de tratamento são diferentes.
Já houve um avanço tecnológico em relação aos produtos alimentícios voltados a população que possui intolerância. Sabe-se que no mercado, já existem alguns produtos ''sem lactose'', que são muito indicados por nutricionistas para os consumidores acometidos pela intolerância ao leite e aos seus derivados. No entanto, para útilizá-los é preciso saber se há real necessidade desse alimento.
Fisiologicamente a intolerância à lactose é a falta de capacidade que o corpo humano apresenta de digerir o carboidrato, um tipo de açúcar, que pode ser encontrado no leite, além de outros produtos lácteos. Isso acontece devido a escassez da enzima lactase, especialmente responsável por quebrar a lactose. Dessa maneira, é por isso que a intolerância à lactose muitas vezes é conhecida como deficiência de lactase.
Indivíduos com intolerância à lactose têm como principais sintomas náuseas, que muitas vezes são acompanhadas por vômito; fezes amolecidas; flatulência; diarreia; inchaço; cólica; desconforto e dores abdominais.
De acordo com Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, os sintomas da intolerância podem aparecer de forma variada, isto é, em questão de minutos após a ingestão ou após horas de ter ingerido leite in natura ou seus derivados como requeijão, leite condensado, creme de leite, manteiga e creme e queijos.
Segundo a presidente do Departamento de Nutrologia da SBP, a médica Virgínia Weffort, os sinais podem variar levando em conta os níveis de intolerância e também levando em conta a quantidade de alimentos que foram ingeridos.
Pode acontecer, por exemplo, de uma pessoa conseguir digerir bem um iogurte com uma fatia de queijo, mas não conseguir digerir um copo de leite. Isso porque, tanto o queijo quanto o iogurte são alimentos que passaram por um processamento, desse modo, pode cair a quantidade de lactose que vem no produto e dessa forma melhora a aceitação no organismo.
Até o momento, estudos indicam que alguns fatores contribuem para o surgimento da intolerância à lactose. Esses fatores tem haver com: idade, uma vez que ocorre uma diminuição progressiva da capacidade de produzir a enzima lactase; etnia, sendo mais comum de acometer indígenas, hispânicos, asiáticos e negros; nascimento de prematuros, pois esses bebês, por nascerem antes do tempo natural, possuem menos quantidade de lactase no organismo e não se pode deixar de citar as lesões intestinais.
Durante a infância, é comum que a intolerância à lactose apareça a partir dos 2 anos de idade. Mas é normalmente na adolescência que esse quadro se apresenta com uma maior frequência.
A intolerância à lactose ainda pode ser dividida em dois grupos: A Intolerância Permanente ou Primária, que é a mais comum e não possui cura e a Transitória ou Secundária, que pode ser consequência de outras doenças.
Ao menor sinal desses sintomas, é necessário que a pessoa procure um médico, que vai pedir exames para conseguir fazer um diagnóstico preciso: se for alergia ou intolerãncia e é também de extrema importância uma visita à nutricionista, para buscar orientação a respeito de quais produtos alimentícios são necessários para fazer uma recomposição da dieta.
Ana Paula Oliveira Coimbra
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