Meningite B – O Que é, Sintomas e Nova Vacina

Conheça aqui mais detalhes sobre a Meningite B e sua nova vacina.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em janeiro deste ano o registro de uma nova vacina para a meningite B. Denominado de Trumenba, este novo imunizante atenderá na faixa etária de 10 a 25 anos. Sua ação é na prevenção da meningite de sorotipo B, que é causado pela bactéria Neiseria Meningitidis.

De acordo com Isabella Ballalai, que ocupa atualmente a vice-presidência da Sociedade Brasileira de Imunizações, a vacina é utilizada nos Estados Unidos, onde obteve resultados positivos no combate à perigosa doença. A vacina irá evitar que haja surtos de meningite, sobretudo entre os adolescentes.

É importante observar que desde maio de 2015 é encontrada no Brasil a vacina Bexsero, a primeira no país a combater a meningite tipo B. Esta vacina atende a uma faixa etária mais ampla, variando de 02 meses a 50 anos de idade. A Bexsero, entretanto, não é encontrada na rede pública de saúde, estando restrita a estabelecimentos particulares.

Em relação à Trumenba, não há definição sobre quando ela começará a ser distribuída no Brasil, processo mais complexo do que sua aprovação. Ainda assim, trata-se de uma boa notícia no combate à meningite B. De acordo com Sandro Artur Ostrowski, que é diretor na Associação Brasileira das Clínicas Vacinas (ABCVac), é importante ter opções de vacinas contra a doença, sobretudo para amenizar possíveis dificuldades causadas por desabastecimento de estoque. O problema, por exemplo, já ocorreu em 2015, o que gerou transtornos.

Além dos Estados Unidos, a vacina também é aplicada na União Europeia. Para poder ser aplicada no Brasil, é necessário que, antes de sua comercialização, seja aprovado pelas autoridades do país o preço médio do imunizante. Quem faz essa análise é a Câmara de Regulação de Mercado de Medicamento (CMED). Além de ter o valor estipulado utilizando como base o menor preço internacional, serão definidas as taxações que incidirão sobre o medicamento.

A meningite

A meninge é uma inflamação que atinge membranas que se encontram em torno do cérebro e da medula espinhal, chamadas de meninges. Essas infecções podem ocorrer devido a parasitas, vírus, bactérias ou fungos. A doença pode ser fatal.

Quando causada por bactérias, a meningite costuma ser mais letal. A meningite meningocócica e a meningite pneumocócica são as mais graves, podendo provocar infecção generalizada. Em sua forma viral, por outro lado, a meningite é menos perigosa.

Os sintomas da meningite bacteriana incluem rigidez no pescoço, dor de cabeça e febre. O quadro ocorre de forma súbita e pode incluir também confusão mental, vômito, náuseas, maior sensibilidade à luminosidade e mal estar. Situações mais perigosas envolvem tremores, delírio, convulsões e o paciente pode até entrar em coma.

A meningite viral inclui também em seu quadro sonolência, perda de apetite, irritabilidade e falta de energia.

A transmissão, no tipo viral apresenta variações de acordo com o tipo de vírus. Há casos em que a transmissão ocorre pela picada de insetos ou através do contato com pessoas ou com objetos que tenham sido infectados. A meningite bacteriana tem transmissão através do contato com secreções e gotículas de vias aéreas de uma pessoa infectada. Existem bactérias que também são transmitidas através de alimentos.

O diagnóstico da meningite ocorre com exames de sangue e pela análise do líquido cerebroespinhal, conhecido por liquor. Quando a pessoa está infectada, o liquor, que deveria ser incolor, fica turvo. É preciso identificar qual o agente causador da meningite (se bactéria, vírus, fungo…) para ser estipulado o tratamento adequado.

Quando se tem a suspeita de meningite, é feita a internação. Se a infecção for causada por vírus, o tratamento é feito através de antivirais. Já a infecção bacteriana é tratada com antibióticos. Fungos precisam ser tratados através de antifúngicos.

A forma adequada para prevenção da meningite é através da vacinação. Já existem imunizadores para os principais tipos da infecção.

Por Luís Fernando Santos

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