A doença Alzheimer é considerada um doença incurável que ser agrava com o tempo. A doença apresenta demência, perda de funções cognitivas, causando perda da memória, orientação e atenção, tudo isso ocorre pela morte de células cerebrais. A referência do nome da doença está associada ao médico Alois Alzheimer, que foi primeiro médico a descrever a doença em 1906.
A novidade é que as pesquisas para o tratamento e talvez até a cura da doença estão evoluindo cada vez mais. É o que aponta uma descoberta feita pelos cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os procedimentos foram aplicados em animais e os testes consistiam em restabelecer a comunicação de sinais nervosos interrompidos e por consequência restaurar a memória. O objeto de estudo dos pesquisadores foi os astrócitos, que caracteriza uma célula do cérebro. Segundo os pesquisadores, a ausência dessas células dificulta que as mensagens químicas, que são as responsáveis pelas transmissões das mensagens, mande comando para o organismo.
Na pesquisa realizada pelos cientistas da UFRJ foi descoberto que o mal de Alzheimer ocorre quando os astrócitos são afetados. A falta deles causa queda da concentração. No teste feito com os animais foram recuperados os níveis dessa substância, com isso o cérebro dos animais recuperou funções perdidas em decorrência da doença. Quando esses astrócitos estão afetados, produzem uma menor concentração de uma substância chamada TGF-b1, sendo elas atacadas por oligômeros, esse são por consequência afetada por uma inflamação.
O Fator Transformador de Crescimento (Transforming Growth Factor Beta 1), também conhecido como TGF1, é um fator essencial para as sinapses que são responsáveis pela comunicação de sinais nervosos. No experimento feito pelos cientistas, eles injetaram doses de TGF1-b1, por consequência disso os animais recuperaram a memória e outras funções cerebrais.
A coordenadora de estudo, Flavia Alcântara Gomes, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, destacou em entrevista para O Globo, que a princípio a descoberta não poderá significar a cura do mal de Alzheimer, porém, é um avanço da ciência para controlar a progressão da doença, é necessário muito estudo pela frente, estudos esse que necessitam de financiamento do Governo, o estudo foi possível devido aos fundos concedidos pela Faperj, o CNPq e a Capes, os avanços no estudo torna-se ameaçado devido aos cortes de verbas que tem ocorrido nos últimos tempos.
A descoberta realizada na UFRJ, pelos cientistas, ganhou destaque em uma das principais publicações científicas da área, a revista “Journal of Neuroscience”, trazendo méritos para o Brasil, pois o estudo é nacional.
Gisele Alves de Brito
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