Os perigos da Doença Inflamatória Intestinal

Saiba o que é a DII, quais os sintomas, diagnóstico e como tratar.

No começo, os primeiros sintomas parecem algo convencional, como uma diarreia ocasional, prisão de ventre e cólicas intestinais. Com o tempo, o que antes parecia normal, se tornam cada vez mais frequentes e vem acompanhados de perda de peso, náuseas e muito desconforto gástrico.

A maioria das pessoas não percebe que isso pode ser sinal de um problema sério e acabam negligenciando uma série de sintomas que podem ser indícios de que ela sofre de uma DII (Doença Inflamatória Intestinal).

Neste artigo, iremos dar mais detalhes sobre esse assunto que merece toda atenção.

Explicando a Doença Inflamatória Intestinal (DII)

A Doença Inflamatória Intestinal é uma inflamação crônica de causa desconhecida que afeta o aparelho digestivo, principalmente o intestino delgado, intestino grosso e o reto.

Ainda não existe uma explicação para as causas, mas acredita-se que elas estejam relacionadas com fatores hereditários, má alimentação e estilo de vida urbano.

Homens e mulheres são afetados sem qualquer distinção. No entanto, na maior parte dos casos, elas acontecem em adultos e adolescentes na faixa etária entre os 15 e os 40 anos.

É preciso buscar orientação de um gastroenterologista quando alguns dos sintomas que mostraremos a seguir, forem constantes.

Principais sintomas da DII

Uma pesquisa realizada pela Associação das Federações de Crohn e Retocolite Ulcerativa (EFCCA), mostra que entre 20% a 25% de quem tem DII, sofrem sintomas continuamente. Os dados são mais alarmantes quando mostram que entre 30% a 40% desses pacientes têm complicações de 10 a 15 anos após receberem o diagnóstico da doença.

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Diarreia constante;

  • Prisão de ventre (constipação);

  • Sangue ou muco nas fezes;

  • Dor abdominal crônica;

  • Emagrecimento;

  • Cansaço excessivo;

  • Náuseas e vômitos;

  • Febre;

  • Entre outros.

Em muitos casos, é muito comum a pessoa passar por fases de alternância entre diarreia e constipação. Lembrando que os sintomas não são iguais para todos, variando entre cada indivíduo de maneira diferente.

Existem dois tipos de DII: Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa, na qual iremos abordar agora.

Doença de Crohn

A doença de Crohn afeta toda a parede intestinal, causando sintomas desde a boca até o ânus, sendo que a parte final do intestino delgado é a mais afetada.

Colite Ulcerativa

A colite ulcerativa aflige o intestino grosso (cólon). Ela é menos incômoda do que a doença de Crohn, mas em fases de crise, pode criar pequenas úlceras na mucosa intestinal dessa região. Em situações mais graves, ela pode causar estreitamento do intestino (estenose) e até mesmo câncer do cólon.

Como é feito o diagnóstico de uma DII?

O médico gastroenterologista fará um diagnóstico por exclusão. Ou seja, ele irá avaliar os sintomas do paciente, considerando outros fatores importantes como estilo de vida, histórico de saúde e os hábitos alimentares da pessoa.

Ele também pode prescrever diferentes tipos de exames e, somente após descartar outras possibilidades, é feito um diagnóstico definitivo que define se a pessoa sofre de alguma DII.

Como é o tratamento da DII?

O tratamento busca aliviar os sintomas, conforme a necessidade de cada caso, fazendo o uso de:

  • Medicamentos: antibióticos, imunossupressores e anti-inflamatórios, por exemplo;

  • Suplementos: glutamina, vitamina D, complexo B, zinco, outros;

  • Novos hábitos alimentares.

Em casos mais sensíveis e raros, a cirurgia pode ser indicada. Ainda assim, é possível conviver com a doença e ter uma vida normal.

É possível ter qualidade de vida com DII?

Sim, é possível! As doenças inflamatórias intestinais ainda não têm cura, mas se a pessoa adotar um novo estilo de vida, tudo irá mudar para melhor.

Para isso, ela precisa criar hábitos saudáveis, como praticar atividade física, mudar os hábitos alimentares e seguir orientação de médico, nutricionista e outros profissionais que a acompanham.

Assim, com disciplina e vontade de superar a doença é possível controlar os sintomas e ainda ter qualidade de vida plena.

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