Considerada uma das maiores operadoras de planos de saúde atuantes no Brasil, a Amil anunciou que vai voltar a oferecer planos individuais. A novidade foi divulgada quatro anos depois de a empresa ter deixado de disponibilizar esse produto no mercado. Se diferenciando das demais organizações que, em sua maioria não trabalham com esse tipo de plano, a instituição almeja conquistar 15 mil novos clientes até o final de 2017, praticando preços classificados como acessíveis, pois vão de R$ 126,00 a R$ 1,1 mil.
Conforme dito por Ricardo Santos, o CEO da operadora Amil, a empresa pensava há muito tempo em voltar a ofertar os planos de saúde individuais, pois acredita que este produto tem uma grande demanda no mercado, logo o relançamento serve para suprir essa carência existente no país. O proprietário da organização também afirmou que houve diversos estudos para reinserir essa modalidade, que se concentraram principalmente em ofertá-la com preços reduzidos.
Os planos individuais deixaram de ser oferecidos em 2013, quando a Amil preferiu seguir as demais empresas e abandou esse tipo de produto. Na época, as maiores operadoras do ramo como, por exemplo, Bradesco Saúde, Porto Seguro e SulAmérica também fizeram a mesma escolha. A justificativa dada por todas as seguradoras foi de que os custos para operar os planos individuais estavam muito altos, sendo que eles são regularizados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Para fazer o relançamento dos planos de saúde individuais, a empresa fez uma reformulação na categoria, passando a oferecê-la com a marca Next Acess, o que a permite ter alcance municipal, iniciando as suas atividades nas cidades de Guarulhos e em São Paulo. Segundo a operadora, os preços praticados começam em R$ 126,21 por pessoa dentro do produto familiar, tendo coparticipação. O valor mais alto a ser cobrado é de R$ 1,1 mil para as pessoas que possuem idade superior a 59 anos e não contam com coparticipação.
O que estimulou a Amil a voltar com os planos individuais foi o fato de ter havido uma alteração na forma como os hospitais são remunerados. No formato anterior, que era chamado de ‘’Fee for service’’, as seguradoras tinham que pagar os hospitais por cada serviço que era prestado enquanto um paciente fazia um determinado tratamento. Porém, esse modelo era visto como um complicador para as empresas, pois incentivava a ocorrência de procedimentos sem necessidade. Agora, o novo modelo foi configurado para adicionar outras propriedades na conta como, por exemplo, a eficácia do tratamento.
Quase todos os hospitais que irão oferecer o novo plano de saúde individual da organização fazem parte da rede Amil, mas pode haver exceções. Além disso, aqueles hospitais que optarem por se desvencilharem do antigo modelo também podem se candidatar para ofertar o plano individual.
Na atualidade, a operadora conta com mais de 6 milhões de participantes de planos odontológicos e médicos distribuídos em todo o Brasil. O CEO da companhia aponta que existem hospitais interessados em aderir ao serviço, o que pode aumentar a sua cartela de clientes. A Amil já conta com novos modelos de acordo para remuneração reformulada com 20 hospitais, tendo como objetivo conquistar uma fatia de aproximadamente 23% dos custos operacionais longe do ‘’Fee for service’’.
Mais do que a questão que envolve a remuneração dos hospitais, o presidente da organização diz que o que contribuiu para que os planos individuais pudessem retornar foi um modelo caracterizado por ser composto por cuidados preventivos, que foi desenvolvido pela companhia a longo prazo. A Amil ainda visa obter a redução de desperdícios e aplicar um controle maior para evitar que ocorram fraudes.
Simone Leal
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