O mundo passa pela pandemia da Covid-19, somando um rol impressionante de óbitos, exigindo a imposição de uma série de medidas restritivas que mais prejudicam que melhoram. A solução está nas vacinas, porém, estas não podem ser elaboradas e preparadas às pressas.
Semana passada as notícias correram e, de fato, os representantes de 11 nações anunciaram a suspensão temporária da utilização de vacinas produzidas pela AstraZeneca e a da Universidade de Oxford. A meta está e proceder investigação sobre a capacidade de o imunizante poder ter causado graves efeitos colaterais em determinados grupos de pacientes.
De acordo com as fontes, os líderes da Agência Europeia de Medicamentos, a EMA, esclareceram uma situação que já poderia ser prevista: não existem indícios de que esta vacina houvesse causado certas reações. Os especialistas apontaram, também, que é muito comum, no processo de administração de novas vacinas, haver interrupção devido a relatos de reações adversas. Portanto, o que aconteceu?
No início da semana passada, na Áustria, autoridades da saúde reportaram a suspensão da utilização de um dos lotes desta vacina, a AstraZeneca, depois de verificada a ocorrência de um óbito por complicações resultantes de coagulação e de um registro de e embolia pulmonar.
Assim que os casos foram urgentemente anunciados, o representante do Escritório Federal para Segurança na Saúde, o BASG, explicou que por não haver “evidências de uma relação de causa e efeito com a aplicação da vacina” e que os problemas de coagulação gerados não podem ser elencados entre os efeitos colaterais bastante conhecidos desse tipo de vacina. Entretanto, o processo de suspensão foi perpetrado como medida de precaução para que esses casos possam ser devidamente investigados.
No dia 11 deste mês de março, especialistas da Dinamarca anunciaram uma suspensão, por um período de 14 dias deste mesmo imunizante, depois de uma série de relatos que apontam diagnósticos de formação de coágulos sanguíneos nos pacientes já vacinados. Por essa razão, a decisão foi tomada como recurso preventivo, mas, como no caso anterior, os agentes de saúde do país ainda não chegaram a um consenso sobre as causas, ou causa, da formação dos coágulos sanguíneos, e sua ligação com a aplicação da vacina. A equipe que compõem a autoridade sanitária daquele país deixou isso bem claro.
Outras nações europeias que adotaram a mesma medida, tais como: a Itália, a Noruega, a Bulgária, a Islândia, a Estônia, a Lituânia, a Letônia e em Luxemburgo. Os agentes de saúde destes países, informados sobre o incidente, também perpetraram a suspensão temporária da aplicação das vacinas produzidas em laboratório em modo preventivo. No dia 12 deste mês as autoridades da Tailândia foram as primeiras, no continente asiático, a adotarem a medida. Portugal também anunciou no dia 15 de março a suspenção temporária desta vacina.
Assim, por conta desse problema, que está em investigação, os gestores da organização AstraZeneca publicaram nota explicando que a vacina foi intensa e extensivamente verificada; os dados da composição foram rigorosamente revisados pelos pares que confirmaram que esta vacina é geralmente bem recebida. A mesma nota afirma, também, que a análise sobre os dados de segurança em mais de 10 milhões dos registros não acusou nenhuma evidência de riscos potencializados na formação de fatores que causam embolia pulmonar ou mesmo trombose venosa, de tipo profunda, para qualquer faixa etária de cidadãos, bem como outros detalhes, incluindo gênero sexual, lote ou país específico no qual a vacina contra a ação da Covid-19 da AstraZeneca tenha sido utilizada.
De acordo com outra nota, mais curta, o número de casos de reação dessa natureza é significativamente menos frequente, agora, nos vacinados em relação ao esperado entre a população.
Fonte: Época Negócios
Por Paulo Henrique dos Santos
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