Você já ouviu falar sobre a psoríase? É uma doença dermatológica inflamatória, que atinge cerca de 3% da população mundial. É crônica e multigênica, e causa pequenas inflamações pela pele que são descamativas e causam lesões vermelhas. Apesar de não ser contagiosa, seus portadores podem sofrer com afastamento social.
A doença ganhou destaque na internet quando a editora de beleza Olívia Nicoletti, que apresenta a condição, contou mais sobre a psoríase em seu Instagram pessoal. Seu primeiro foco foi uma coceira logo abaixo das sobrancelhas, depois de um caso intenso de estresse emocional.
Assim como acontece com o vitiligo, a psoríase não tem cura e também é autoimune, ou seja, o próprio corpo estava criando anticorpos para atacar uma parte saudável do organismo. Estudos comprovaram que 30% dos casos apresentados tiveram uma relação direta com a genética, mas alguns outros casos a doença pode aparecer devido a doenças emocionais, como quadros depressivos, estresse contínuo ou crises de ansiedade. Outros fatores que podem desencadear a doença ou ajudar em sua evolução são exposição ao frio, uso de certos medicamentos e ingestão de álcool.
Existem diferentes tipos de psoríase, que variam de acordo com a localização e características das lesões. São, ao todo, oito tipos que podem se apresentar. Alguns exemplos são a psoríase vulgar, invertida, gutata e postulosa.
A psoríase vulgar apresenta lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas aderentes que podem surgir no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. Já a invertida se apresenta com lesões mais úmidas em áreas como dobras, no joelho e couro cabeludo. A conhecida como Gutata são pequenas lesões em formato de gota, geralmente associadas a processos infecciosos, podem aparecer no tronco, braços e coxas. O tipo postulosa são lesões mais graves que podem aparecer juntamente com pus de forma localizada nos pés ou nas mãos, ou até mesmo espalhadas pelo corpo.
Infelizmente a Psoríase não tem cura e não há como prevenir seu aparecimento, existe apenas a possibilidade de tratamento para controlar a sua reincidência.
Cerca de oitenta por cento dos casos dessa doença são moderados, o que significa que o tratamento pode ter um efeito de controle com uso de medicação local, exposição ao sol e hidratação da pele. Caso o paciente não tenha tempo para exposições diárias ao sol, é recomendado banhos ultravioletas A e B, em clínicas especializadas – e sempre sob orientação médica. Esse tipo de tratamento com raios ultravioletas não é recomendado para crianças que apresentem a condição.
Olívia contou pelas redes sociais que seu tratamento foi com cremes à base de corticóides, hidratação intensa nas áreas afetadas e muita exposição ao sol. Mas ela também conta que o tratamento realmente fez efeito aliado a um outro tratamento, o emocional. Ela começou a fazer ioga e voltou a fazer sessões de terapia. Segundo ela, foi essencial fazer os dois tratamentos ao mesmo tempo.
Estudos recentes comprovaram que a psoríase tem uma correlação com síndromes metabólicas, como pressão alta, níveis altos de colesterol e diabetes, e até mesmo psicológicos, como o estresse. Para prevenir a doença, talvez seja possível, além de manter os exames em dia, manter uma rotina saudável com alimentação de forma correta, exercícios físicos que apresentem baixo impacto – como ioga, pilates e caminhadas diárias.
As principais recomendações para quem apresenta a psoríase é hidratar muito bem a própria pele, para evitar seu ressecamento de forma excessiva, o que pode favorecer as possibilidades de novas lesões. Expor-se ao sol, porém de forma moderada e com cuidado, sempre lembrando de passar um creme hidratante ou terapêutico, também pode ajudar. É preciso ainda evitar sempre que possível a ingestão de bebidas alcóolicas. Procurar cuidar também do próprio emocional, situações de estresse podem contribuir com o aparecimento de novas lesões. Inclusive é importante lembrar que a doença não é contagiosa, então é preciso não se afastar de seu círculo social, se afastar pode comprometer o estado emocional do paciente e agravar o problema. E por último, é sempre importante visitar regularmente o dermatologista.
Stephanie Caroline Meyer de Quadros
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