Vitiligo – O Que É, Sintomas, Causas

Confira aqui todos os detalhes sobre o Vitiligo.

Vitiligo é o nome de uma condição crônica e sua principal característica está relaciona com o aparecimento de áreas despigmentadas na pele, ou seja, algumas manchas brancas, que geralmente se apresentam bem delimitadas, se espalham pelo corpo de quem apresenta essa condição, e até mesmo os pelos podem se tornar esbranquiçados. O Vitiligo pode afetar qualquer parte do corpo, inclusive o interior da boca e o interior do nariz. Em alguns casos pode começar em áreas que são afetadas diretamente pelo sol, como braços e pernas. Apesar de ser uma condição benigna e não contagiosa, o Vitiligo pode causar estresse psicológico e afetar diretamente a autoestima, isso porque as pessoas afetadas tendem a ser alvo de estigmas sociais.

Apesar de vários médicos estudarem essa condição, ainda não há uma resposta exata para o que pode causar o vitiligo. Acredita-se que poderia ser uma doença autoimune com origem em fatores ambientais, ou seja, uma doença que aparece durante uma reação imunitária anormal, quando o corpo ataca uma parte em funcionamento normal do próprio organismo. Ou também poderia ser uma condição que aparece em pessoas que já apresentem uma predisposição genética.

As manchas acontecem devido a uma despigmentação, onde as células que produzem a melanina, que é responsável pela nossa pigmentação natural, são destruídas. Entre alguns fatores de risco estão, pessoas na família que já apresentaram a doença, ou outra doença autoimune, como a anemia por deficiência de vitamina B12, hipertireoidismo, entre outras.

O vitiligo ainda pode ser divido em duas categorias: segmentar e não segmentar. O vitiligo segmentar, que acontece na maioria dos casos, apresenta as despigmentações nos dois lados do corpo, e nesse caso as áreas afetadas vão aumentando com o tempo. Já a não segmentar envolve apenas um lado do corpo e, em geral, a parte afetada tende a não aumentar muito. Apenas 10% dos casos de vitiligo são não segmentar.

Infelizmente, não existe cura definitiva para o vitiligo, mas alguns tratamentos podem ser indicados pelo médico responsável. Em pessoas com a pele mais clara, é recomendado o uso de protetor solar. Outras opções são pomadas de esteroides ou fototerapia, que tende a escurecer as partes do corpo afetadas. Em último caso, existem também medidas relacionadas a cirurgias de pele.

Essa condição pode afetar cerca de 1% da população mundial, e afeta homens e mulheres na mesma proporção. Metade das pessoas afetadas apresentam a condição antes dos vinte anos de idade e a maioria ainda antes dos quarenta anos de idade,

Famosos desmitificam o vitiligo

A modelo Winnie Harlow e a blogueira Sophia Alckmin apresentam a condição e decidiram usar suas redes sociais para falar abertamente sobre o assunto. Dessa forma, usando de sua influência online, elas conseguiram abrir o diálogo sobre o vitiligo e assim diminuir o preconceito a cerca da condição, que não é contagiosa.

Inclusive, no caso de Sophia Alckmin, foi considerada a hipótese que o vitiligo se desenvolveu depois de um trauma emocional. A condição se apresentou na modelo na mesma época do falecimento do seu irmão, Tomaz, em 2015.

A modelo canadense Winnie, postou sobre a sua condição a cerca de um ano, em sua conta do Instagram. E desabafou, pedindo para que não colocassem rótulos sobre o vitiligo: “Sou Winnie. Sou modelo. E por acaso, tenho vitiligo”. Hoje, ela conseguiu superar todas as barreiras e afirma ter orgulho de cada manchinha apresentada pelo vitiligo, que inclusive ganharam destaque e apreciação no mundo da moda, graças a Winnie.

O exemplo mais conhecido do vitiligo foi do cantor e compositor Michael Jackson, que apresentou a forma universal da doença, quando acomete a todo o corpo do paciente. Na época não se tinha muita informação sobre a condição e muitos especularam se não foi um clareamento artificial.

A doença não é atual, os primeiros registros de vitiligo tenham aparecido na época do Egito Antigo, e acredita-se que as manchas eram sinais de pecado.

Mas, já sabemos que é simplesmente uma condição, que pode afetar até 0,5% dos brasileiros, apresenta um tratamento e não precisa de julgamentos.

Stephanie Caroline Meyer de Quadros

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